Situação ‘está sendo enfrentada com a mobilização interna de todos os recursos financeiros’, diz nota oficial
A recusa do Ministério das Relações Exteriores foi divulgada pelo consulado argentino à gestão Rui Costa (PT).
As enchentes já deixaram 24 mortos e 434 feridos. De acordo com o governo baiano, 37.324 pessoas estão desabrigadas e 53.934, desalojadas. Dos 141 municípios atingidos, 132 seguem em situação de emergência. No total, 629.398 pessoas foram afetadas.
“O país vizinho pretendia enviar imediatamente ao sul da Bahia uma missão com profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres.”, diz o governo baiano em nota.
De acordo com a nota do governo baiano, a gestão Bolsonaro “agradeceu [em documento oficial] a proposta argentina e informou que a situação na Bahia ‘está sendo enfrentada com a mobilização interna de todos os recursos financeiros e de pessoal necessários'”.
“Na hipótese de agravamento da situação, requerendo-se necessidades suplementares de assistência, o governo brasileiro poderá vir a aceitar a oferta argentina de apoio da Comissão dos Capacetes Brancos, cujos trabalhos são amplamente reconhecidos”, continua o documento do Itamaraty, segundo o governo baiano.
Procurados, o Planalto e o Itamaraty não responderam até a publicação desta reportagem.
Cidades do sul da Bahia ficam destruídas por enchentes após temporal
O governo federal anunciou nesta terça-feira (28) a liberação de R$ 80 milhões para restaurar as estradas federais no estado, valor considerado insuficiente por Rui Costa. À Folha, ele diz que serão necessários pelo menos R$ 400 milhões. “Pergunte para qualquer caminhoneiro como está a BR-242, a principal via de escoamento do agronegócio na Bahia.”
A recuperação das estradas estaduais está estimada em R$ 500 milhões, e a das estradas vicinais, em R$ 300 milhões. “O interior da Bahia tem atividades econômicas dependentes da agricultura, da produção de leite, carne, mandioca, fruta. Se essa produção não consegue chegar aos grandes centros, significa a derrocada da economia, da renda das pessoas“, afirma o governador.
Fonte: folha.uol.com.br